CENÁRIO DA ECONOMIA BRASILEIRA E PERSPECTIVAS PARA 2018

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ANÁLISE ECONÔMICA DA ATUAL CONJUNTURA

Economista e docente, Charlles Franklin realiza exames permanentes da situação brasileira.



Por Charlles Franklin*

O ano de 2017 foi marcado por uma recuperação lenta, mas já dá boas perspectivas para um melhor 2018, ainda mais se levar em consideração o aumento do consumo das famílias que está sendo estimulado pela queda das taxas de juros iniciada pelo banco central em 2016, há uma defasagem no tempo entre o início do processo de queda e o sentir real por parte da população.

Esse efeito passou primeiro pelas instituições financeiras, pelos bancos, que primeiro absorveram essa benesse, após isso e de forma mais tímida chega até o bolso do brasileiro, do consumidor e das empresas também. Mesmo com o processo de queda das taxas de juros, o barateamento do crédito não ocorreu na mesma velocidade e nem na mesma proporção da queda da Selic.

Como observamos para as nossas análises na Faculdade Ateneu Teremos um ano de maior crescimento, com um pouco mais de demanda, mas sem uma pressão que possa levar ao descumprimento da meta que hoje está em 4,5%. Estamos num ambiente inflacionário tranquilo, esse indicador deve carregar a inflação baixa do ano anterior, com alguns preços desacelerando e outros andando de mãos dadas, acredito que os itens que podem subir são os alimentos, que devem normalizar neste ano de 2018, e os bens industriais, pois com o dólar voltando a subir, eles terão reajustes sim.

A que se considerar o bom desempenho da agricultura também que neste ano, a super-safra levou à queda do preço dos alimentos. Pra termos uma ideia das boas perspectivas para este ano, a projeção do FMI para a inflação no Brasil em 2018 é de 4%. Em relação ao mercado financeiro, este irá conviver com uma certa instabilidade devido ao cenário eleitoral incerto.

A dúvida sobre a taxa de juros se deve às fortes oscilações esperadas para o dólar em 2018. Como vários itens vendidos no Brasil são importados ou são feitos com componentes importados, uma eventual alta do dólar poderá pressionar a inflação e um dos principais instrumentos do BC para segurar a inflação é a alta dos juros. Falando agora de emprego, a taxa de desemprego ter começado a cair em 2017, muitos brasileiros ainda não sentem uma melhora efetiva do mercado de trabalho.

Uma das razões é que, durante o ano, a grande maioria dos postos de trabalho criados no Brasil foi composta de vagas informais. Quando você tem uma economia em recuperação de forma sólida e consistente, as pessoas que estavam estudando ou fora do mercado começam a procurar emprego. Assim a oferta de trabalho não cresce no mesmo ritmo, o número de pessoas que procuram emprego é maior.

* Graduado em Ciência Econômica; especialista em Administração Financeira, professor e tutor EAD da Faculdade Ateneu; consultor organizacional autônomo desde 2004; educador financeiro para famílias e empresas desde 2015, atuando também como assessor financeiro em empresas do setor privado.

 


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