O Cineclube Vila das Artes apresenta em novembro a mostra Cinema Independente Americano com filmes que desconstroem o atual estilo americano e nos apresentam narrativas mais soltas propondo estéticas contrárias ao da grande indústria cinematográfica americana dos cartões postais. As produções do cinema independente falam de personagens fracassados, perdidos e marginais. Ambientados em lugares ermos ou devastados. Fazem refletir com o discurso filosófico. Nesta mostra os diretores dialogam entre si quando tratam de desilusões, da falta de perspectivas e de figuras que não se encaixam nos padrões sociais da atualidade.

As sessões do Cineclube acontecem sempre às quartas-feiras, às 18h30, na Vila das Artes, equipamento da Prefeitura de Fortaleza, que fica na Rua 24 de Maio, 1221, Centro. A entrada é gratuita e a cada semana um pesquisador, professor ou cineasta é convidado para debater o filme. A mostra é oportunidade de assistir a filmes que não são exibidos no circuito comercial. A curadoria é do artista Uirá dos Reis.

Abrindo a programação, no dia 7 de novembro, o underground Buffalo ´66 , de Vincent Gallo. O longa chama a atenção pelo roteiro simples e poético. É uma história de pessoas diferentes, que poderiam ser reais. Na figura principal, o próprio diretor, Vincent Gallo, apresenta um personagem complexo, perturbador e hilário. Ex - presidiário, tenta reencontrar a família depois de raptar uma dançarina. Conversa após o filme com o curador da mostra Uirá dos Reis.

No dia 14, Permanent Vacation, de Jim Jarmusch, é outro clássico independente. Esse é o primeiro filme de Jarmush e retrata uma Nova Iorque decadente. O filme percorre a cidade na pele de Allie (Chris Parker) e mostra o seu descontentamento perante uma cidade em ruínas. Conversa com Jonnata Doll.

Downtown ´81, de Edo Bertoglio, no dia 21, também versa sobre a decadência nova-iorquina na década de 1980. Com cenário de uma NY selvagem, mistura documentário e comédia para apresentar o dia-a-dia do pintor, grafiteiro, poeta e músico americano Jean-Michel Basquiat. Ao final da sessão debate com Emerson Déo.

Encerrando a mostra no dia 28, My own private idaho, de Gus Van Sant. Seus filmes, poéticos ou agressivos, impressionam pela beleza e minimalismo técnico. Em My own private idaho aborda explicitamente o homossexualismo. Explorando o lado mais psicológico do termo, os jovens personagens, vividos por River Phoenix e Keanu Reeves, embarcam numa jornada de auto-descoberta, indefesos e confusos diante de sua própria sexualidade.

Programação

7/11- Buffalo ´66 , de Vincent Gallo ( 1998)
14/11- Permanent Vacation, de Jim Jarmusch (1980)
21/11 - Downtown ´81, de Edo Bertoglio (1981)
28/11 - My own private idaho, de Gus Van Sant (1991)

Serviço
Cineclube Vila das Artes - Cinema Independente Americano. Todas as quartas de novembro, às 18h30. Debate após o filme. Entrada gratuita. Informações no viladasartes.fortaleza.ce.gov.br ou pelo 3252-1444. Rua 24 de Maio, 1221, Centro.

 

Vila das Artes

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