Exposição propõe passar gestos laterais a partir de obras audiovisuais de artistas-cineastas

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Exposição propõe passar gestos laterais a partir de obras audiovisuais de artistas-cineastas

Com entrada franca, a mostra ficará em cartaz até 15 de maio deste ano.



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) abrirá a exposição coletiva “O cinema dos pequenos gestos (des)narrativos”, com curadoria de Beatriz Furtado, na próxima quinta-feira, 7, às 18 horas. Com entrada franca, a mostra ficará em cartaz até 15 de maio deste ano (horários de visitação: de terça-feira a sábado, de 10h às 20h; aos domingos, de 10h às 18h). Texto curatorial (por Beatriz Furtado) “O cinema dos pequenos gestos (des) narrativos” se faz das obras audiovisuais de artistas-cineastas nas quais vemos/ouvimos passar gestos laterais. Algumas através das redobras das imagens que retornam em diferenças, como em Karim Ainouz e Marcelo Gomes, em que “Viajo porque preciso, volto porque te amo”, que um dia foi “Acrílico Azul Piscina”, que agora, em carta, se instala no espaço. Outras, como em Alexandre Veras, na proposição de acompanhar aqueles que estão fora, a caminho, na estrada de um lugar qualquer. Cinemas que estão na ação de Ticiano Monteiro, que leva seu quarto para banhar-se em águas calmas. Cinemas de instantâneos sobre o olhar inebriado pelo que é desapercebido do cotidiano. Cinema de despertares, vagarezas e repetições, como em preparações noturnas, de Milena Travassos. Ou cinema de compromissos e sustentações, de Waléria Américo. De Themis Memória e Luiz Pretti, que tiram de seu cotidiano cenas como o de passar-se em roupas, de íntimos cuidados. Ou ainda, no cinema de Marina de Botas, que partilha o olhar/imagem pelos poros de outros sentidos. Em cenas de Gláucia Soares sobre o balanço e o céu de Sabiaguaba. O cinema do pensamento sobre a imagem de Guto Parente. Tem ainda o cinema de Mariana Smith que se inscreve no extravio, pelas páginas de Blanchot. Ou ainda, no cinema de retratos de Diego Hoefel, feitos de rascunhos de falas e de gestos apanhados. Cinema que se faz pelo apanhar do desenho que os pássaros traçam na obra de Aziz Ary. E mais, nos gestos de Fred e seus botões.

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