Forças é Fraquezas é criação coletiva

Vila das Artes COMENTÁRIOS

Forças é Fraquezas é criação coletiva

Espetáculo é resultado do curso Teatro: Conexões Contemporâneas da Vila das Artes


Alunos do curso Teatro: Conexões Contemporâneas da Vila das Artes apresentam neste sábado e domingo (18 e 19), às 18h30, o espetáculo/experimento Forças e Fraquezas, criado coletivamente pelos alunos durante esta semana e dirigido pelo ator e diretor argentino Guillermo Cacace. O espetáculo é uma das atividades de encerramento do curso que teve início em outubro de 2011 oferecendo 13 módulos e certificado como extensão pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Teve como orientador pedagógico o pesquisador André Carreira, professor na Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

A criação coletiva coloca a arte em evidência e reflete: "A arte tem a capacidade de ajudar a processar as tensões sociais. Não se pode resolvê-las, mas sim convertê-las em obras e cooperar com o desenvolvimento do ser humano. Por outro lado, a indústria de entretenimento é responsável, por meio da representação, pelo artifício para suprimir e esconder estas tensões sociais mencionados acima. Finalmente, os terríveis acontecimentos que vive uma sociedade se recusam a ser representados. É muito difícil encontrar um modo de apresentação. A proposta será então: Como quebrar o discurso evasivo propondo a indústria do entretenimento através dos mass media para encontrar uma linguagem teatral que se pode falar de certas tensões sociais sem cair na mera representação?" Este é o experimento .

A apresentação é aberta ao público e acontecerá na Vila das Artes, equipamento da Prefeitura de Fortaleza (Rua 24 de Maio, 1221, Centro). São 40 lugares. Informações pelo 3252-1444 ou no viladasartes.fortaleza.ce.gov.br

Direção: Guillermo Cacace | Elenco: Ana Luiza Rios, Alcântara Costa, Danilo Castro, Dyhego Martins, Erika Gomes, Eveline Nogueira, Flávia Cavalcante, Georgiana Neves, Gyl Giffony, Imaculada Gadelha, Lara Nicolau, Levy Mota, Maria Rosa, Maurileni Moreira, Rafaela Diógenes, Raimundo Moreira, Raissa Fortes, Silvianne Lima, Tatiana Amorin, Tatiana Martins, Thiago Freitas, Tomáz de Aquino, Tutti Gonçalves, Victor Augusto e Walmick Campos.

Sobre Guillermo Cacace: Professor titular do Instituto de Artes Dramáticas da Universidade Nacional de Artes (Buenos Aires - Argentina. É diretor artístico do Apacheta Quarto / Study.

A Escola de Teatro

A Escola Pública de Teatro surgiu em outubro de 2011, somando-se às outras ações de formação da Vila das Artes, equipamento da Prefeitura de Fortaleza. A Escola nasce de uma demanda da própria classe artística e vem potencializar o teatro de grupo* em Fortaleza. A primeira atividade foi o Curso Teatro: Conexões Contemporâneas com uma formação ampla voltada para a compreensão dos processos e pesquisas dos grupos da cidade, criando links entre percursos e produções realizadas em Fortaleza com outras produções e pesquisadores de teatro do Brasil e do exterior.

O curso teve13 módulos (o último finaliza no dia 31 de agosto) trazendo professores de diversas partes do Brasil, incluindo Ceará, e de outros países como Espanha (Óscar Cornago), Argentina (Guillermo Cacace) e (Eugenio Barba) Dinamarca. O curso é certificado como extensão pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e teve como orientador pedagógico o pesquisador André Carreira, professor na Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC.

Para além do curso de extensão a Escola Publica de Teatro da Vila das Artes promove outras atividades como o Diálogos Teatrais que mensalmente reúne pessoas para compartilhar experiências e trocar saberes entre grupos locais e de outros estados do Brasil e a mostra Registro Cênico Contemporâneo encontro com o propósito de apresentar, através de vídeos, filmes e documentários registros de espetáculos teatrais das expressões contemporâneas das artes cênicas.

Após o fim do curso a Escola oferecerá, a partir de setembro oficinas de formação para artistas e iniciantes.

* Números

Teatro: Conexões Contemporâneas:
1ª Turma (em curso)
143 pessoas inscritas
40 alunos
13 professores
31 alunos ouvintes

**Sobre Teatro de Grupo em Fortaleza

Segundo André Carreira a terminologia 'teatro de grupo' se consolida no início dos anos 80, e sua prática se identifica por todo o Brasil a partir dos anos 90. Isto é resultado de um processo histórico em toda a América Latina, fruto de um contexto sócio-político e cultural onde, agrupamentos com trabalhos autorais agem como fortificadores de identidades e de procedimentos alternativos, tendo por consequência a diversificação da produção teatral nas cidades.

Atualmente, em Fortaleza temos mais de 80 grupos teatrais com suas histórias próprias de fundação, pesquisas, criações e estudos. Trabalhos continuados ou não; com personalidade jurídica ou informal; resultados de processos autodidatas ou de coletivos criados nos cursos livres ou acadêmicos; que se apresentam nos palcos, ou nas ruas; em auditórios ou em espaços alternativos, mas que certamente tem como ponto de intercessão o interesse em realizar um trabalho artístico e em promover o seu fortalecimento.

 


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