III BNB agosto da arte

Centro Cultural BNB COMENTÁRIOS

III BNB agosto da arte

O III BNB AGOSTO DA ARTE afirma o compromisso cultural de contribuir no fomento à reflexão de temas relevantes da arte contemporânea.



O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), dentro da sua programação de Artes Visuais, realiza anualmente no mês de agosto, o evento especial III BNB AGOSTO DA ARTE nos CCBNBs-Fortaleza, Cariri e Sousa. Com uma ampla programação, O III BNB AGOSTO DA ARTE afirma o compromisso cultural de contribuir no fomento à reflexão de temas relevantes da arte contemporânea, além de estimular o diálogo entre artistas, pesquisadores e a sociedade, criando um fértil fórum de debates. O objetivo do AGOSTO DA ARTE é criar um ambiente propício para o fomento da produção local, aliado ao desejo de ver a arte como “o exercício experimental da liberdade”. São proposições de ações focadas no processo artístico que possibilitem a interação entre artistas de outras regiões e a formação do artista local através de ações diretas e indiretas, colocando assim a produção local em discussão, numa troca de experiências com curadores e artistas visitantes. O Agosto da Arte se constitui em uma importante ação do CCBNB para a atualização do debate e a criação do espaço necessário para deflagrar o potencial poético de cada subjetividade. Com ações deste porte, o CCBNB se coloca com o desafio de atuar para uma mudança efetiva da plena realização da Arte que se produz na região Nordeste do Brasil. Para a edição 2009, o III BNB Agosto da Arte contemplará uma série de eventos nos diversos segmentos das artes visuais: intervenções urbanas, exposições, performances, cursos, oficinas, intercâmbio entre artistas e seminário avançado de arte. CCBNB-Fortaleza SEMINÁRIO AVANÇADO DE ARTE Percepções Contemporâneas da Cidade 1º dia Arte Pública – Um Novo Mapa Simbólico da Cidade Terça, 04 de agosto Horário: 18h30 às 19h30 Apresentador: Paulo Knauss (RJ) Professor do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde integra o grupo de pesquisa do Laboratório de História Oral e Imagem. Diretor-Geral do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. No campo da pesquisa, trata das relações entre Arte e Patrimônio, Memória e História. A escultura pública no Brasil é objeto da maior parte de seus trabalhos publicados, entre eles o livro sob sua coordenação “Cidade vaidosa: imagens urbanas do Rio de Janeiro”. O trabalho pretende discutir os sentidos da arte pública na atualidade, identificando os rumos da escultura contemporânea e do grafite urbano. Inicialmente, pretende-se demonstrar que a arte pública marca as cidades contemporâneas no Brasil. Em seguida, trata-se de apontar como o campo da arte pública contemporânea é marcado pela diversidade de expressões, caracterizando-se como um universo plural. Nesse sentido, no campo da escultura é possível reconhecer diversas soluções contemporâneas, variando entre soluções coloquiais e abstratas. Há também as manifestações de arte comunitária, além do grafite e da pichação, que chamam atenção nas cidades. Desse modo, a arte pública vem ocupando espaços diversificados da cidade, propondo um novo mapa simbólico da cidade. Ao final, trata-se de apontar como a arte pública na atualidade propõe percepções contemporâneas da cidade que valorizem olhares íntimos para descobrir a vida urbana. O Corpo Ubíquo: da Presença do Corpo na Arte Atual Terça, 04 de agosto Horário: 19h30 às 20h30 Apresentador: Wellington Jr. (Integrante do grupo Balbucio) (CE) Mesmo não sendo possível pensar qualquer fenômeno estético prescindindo da presença de um corpo – a arte trata-se sempre de um processo semiótico e, portanto, de uma consciência afetada, seja no polo da emissão ou da recepção –, é necessário averiguar o novo lugar do corpo (tema, suporte, matéria...) nas artes a partir das transformações ocorridas, desde o final do século XIX, nos mais diversos campos da vida humana, seja na ciência (medicina, psicanálise, antropologia), na filosofia, mas especialmente no que tange às novas sensibilidades aí implicadas. Neste sentido, o desenvolvimento da performance no campo da arte durante todo o século XX e seu recrudescimento na prímeira década deste século mostram-se como o objeto natural de uma leitura crítico-analítica da presença do corpo na arte atual. 2º dia Novas Estruturas para Criadores Emergentes Quarta, 05 de agosto Horário: 18h30 às 19h30 Apresentador: Casa da Xiclet Galeria (SP) São Paulo se identifica hoje como o principal circuito das artes no Brasil. A cidade comporta grandes exposições nacionais e internacionais, além de sediar as maiores e melhores Galerias do País. Contudo, estes circuitos culturais e as estruturas disponíveis estão, ainda, longe de conseguir dar uma resposta totalmente eficaz aos elevados níveis de produção criativa que emergem. Em larga medida, esta realidade deve-se à excessiva dependência do suporte financeiro estatal e à quase inexistência de um sistema de patrocínios. Decorre desta constatação a necessidade de conceber uma nova bolsa de ar fresco, ao nível de investimento, que renove a realidade da criação contemporânea brasileira. As soluções para este problema podem passar pela concepção de novos modelos e novas estruturas capazes de estabelecer desafios inovadores e contribuir para uma maior profissionalização dos criadores emergentes, que se confrontam com a falta de espaços expositivos. CASA DA XICLET A Casa da Xiclet há quase oito anos se assume como agente cultural ativo e independente, cujo objetivo é contribuir para sanar a óbvia carência de espaços expositivos para criadores emergentes. A intenção é fornecer alternativas de difusão, contribuindo para a formação de uma nova geração de artistas, atuando também como uma espécie de laboratório. Possibilidades Poéticas de Atuação Quarta, 05 de agosto Horário: 19h30 às 20h30 Apresentador: O Acidum (CE) Na estética errática dos ambientes reconhecidos como “Metrópoles”, surgem as pesquisas com pinturas murais, desenho, design, vídeo e sons, que se alimentam das manifestações e codificações tanto gráficas como relacionadas às massas. Em tentativas de subverter a suposta beleza midiática, estratégias da arte de rua – como grafite, cartazes e stickers – são apropriadas, recodificando a poluição visual e informativa gerada dos resultados dessas relações. O Acidum baseia fundamentalmente seu fazer artístico em estruturas acessíveis ou inabitadas, subvertendo as noções de espaços reconhecidos como áreas estéreis, tanto no âmbito museológico como no baldio. Nestes espaços, o Grupo tenciona alcançar possibilidades poéticas de atuação, seja pela arquitetura, seja explorando o próprio peso simbólico que tais lugares carregam em seus campos de visualização e trânsito, e criando microuniversos que exercitam uma intrínseca relação entre obra-espaço-observador. Nestes processos, constrói-se um trabalho que busca, de pura consciência, manipular as características simbólicas e representativas que as técnicas utilizadas carregam em si. Assim, o grupo Acidum, entre um repertório de seres absurdos, desenvolve jogos referenciais, propagandas insanas, lendas urbanas, grafias desordenadas e cenários entorpecedores, desdobrados a partir de um processo ritual de criação e produção. O ACIDUM É um coletivo que tem como linha geral de trabalho a adaptação de seu processo artístico aos ambientes escolhidos, desenvolvendo um trabalho que explora, experimenta e se processa a partir do caos das paisagens e relações urbanas, choques e trânsitos culturais diversos. Arte Pública – Uma Estética Participativa Quarta, 05 de agosto Horário: 20h30 às 21h30 Apresentador: Herbert Rolim (CE) Artista plástico premiado, com obras em acervos e participações em exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior. Professor do Curso de Licenciatura em Artes Visuais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFET-CE), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará e doutorando em Arte/Educação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Autor do livro “Arte Anfíbia: o Caso Otacílio de Azevedo”, onde teoriza a origem, a formação e as articulações processuais da obra de arte de natureza anfíbia, em que expressões verbais e visuais se intra e inter-relacionam. Herbert Rolim discorrerá sobre Arte Pública, como a entendemos hoje, levando em conta o contexto histórico, sociopolítico e cultural dos espaços de intervenção urbana, sob a perspectiva de uma estética participativa de aproximação entre arte e vida. Sua fala focará a experiência Praça/Casa proposta pelo Grupo Meio Fio de Pesquisa e Ação como prática reflexiva urbana. 3º dia A Rua como Suporte Quinta, 06 de agosto Horário: 18h30 às 19h30 Apresentador: Márcio Almeida (PE) Márcio Almeida é artista com obras na Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e Museu Santa Catarina. Participou da Documenta 12 – Kassel, na Alemanha, e da Bienal de Valencia, na Espanha, em 2007. Também é gestor cultural e coordenador da Semana Pernambucana de Artes (SPA), evento que envolve debates e intervenções urbanas na cidade de Recife (PE). Durante a década de 1970, mesmo sobre o olhar sombrio da ditadura, o Recife viveu um momento importante no circuito das artes visuais, especialmente no que diz respeito à arte conceitual e ao experimentalismo. Durante esse período, dois artistas foram de fundamental importância para a formação de outros artistas e coletivos que viriam a surgir na cidade na década seguinte. Paulo Bruscky e Daniel Santiago realizaram ações, mostras, performances, festivais e possibilitaram a vinda, para a cidade, de artistas e obras importantes da vanguarda da arte nacional e internacional, como Christo, Regina Vater, Hélio Oiticica e José Roberto Aguilar, entre outros. No início dos anos 1980, surgiram vários agrupamentos de artistas, sendo os primeiros “As Brigadas“, que buscavam uma participação efetiva no campo político da cidade. Realizaram inovadoras formas de propaganda política eleitoral, driblando a censura (Lei Falcão) estabelecida a tais propagandas. Esses encontros estimularam o surgimento de vários grupos e coletivos de jovens artistas que passariam a utilizar as ruas como suporte para suas produções, dessa vez com práticas mais conceituais. Essa aproximAÇÃO foi fundamental na reestruturação do circuito local de artes visuais, ampliando as fronteiras da produção e da experimentação. A Cidade como Espaço para a Arte Quinta, 06 de agosto Horário: 19h30 às 20h30 Apresentador: O Poro (MG) O Poro é uma dupla de artistas formada por Brígida Campbell e Marcelo Terça-Nada!, que atua desde 2002 realizando ações poéticas, irônicas e/ou de cunho político. Através da realização de intervenções urbanas e ações efêmeras, o Poro procura levantar questões sobre os problemas das cidades e busca uma ocupação poética dos espaços. Seus trabalhos buscam apontar sutilezas, criar imagens poéticas, trazer à tona aspectos da cidade que se tornam invisíveis pela vida acelerada nos grandes centros urbanos – além de refletir sobre as possibilidades de relação entre os trabalhos em espaços públicos e os espaços institucionais, lançar mão de meios de comunicação popular para realizar trabalhos, reivindicar a cidade como espaço para a arte. Além do Brasil, o Poro realizou intervenções e participou de eventos, exposições e debates em outros países, como: Índia, Espanha, Holanda, Eslovênia e Áustria. Veja mais no site: www.poro.redezero.org. Panorama da Arte em Espaços Independentes Quinta, 06 de agosto Horário: 20h30 às 21h30 Apresentadores: Lucas Ribeiro-RS e Ana Ferraz-RS (NOZ.ART) Lucas Ribeiro, 30 anos, é jornalista, formado pela Unisinos (RS) e por quatro anos foi editor e redator da revista eletrônica de skate e cultura urbana Qix News, até 2007 funcionando como um dos maiores portais de informação desse segmento no mundo. Lucas também é conhecido pelo seu trabalho no vídeo Skatismo, do qual é sócio-fundador. Esse vídeo de skate de distribuição gratuita foi inovador pelo fato de abranger mais do que manobras, incluindo arte urbana e música independente como diferenciais em suas edições. Como sócio-fundador da Galeria Adesivo, espaço de arte que existiu de 2003 a 2009, em Porto Alegre, Lucas trabalhou na produção e curadoria de mais de 25 exposições com artistas nacionais e internacionais. Ana Ferraz, 25 anos, é publicitária, formada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), com passagens pelos cursos de jornalismo, ciências sociais e artes visuais. Trabalhou por três anos e meio em agências de Porto Alegre, fazendo direção de arte para clientes como Lojas Renner, Fundação Getúlio Vargas, Pepsi e Tubozan, entre outros. Ana também desenvolve um trabalho paralelo de ilustração, chamado iwannagoaway, que inclui ilustrações editoriais e de produtos. Grande parte das expressões visuais ligadas a subculturas urbanas como punk, hip hop, graffiti e skate surgiram e se refinaram em um universo paralelo ao da arte institucionalizada – essa arte que é perpetuada pelo meio acadêmico, grandes museus, galerias, casas de leilões e todo um mercado específico. No cenário alternativo surgiram galerias de arte, publicações especializadas e outras vias de sustento econômico para os artistas, diferente da venda de obras, como o trabalho em conjunto com marcas que lançam tênis, pranchas de skate e camisetas com suas artes, entre outros produtos. Agora, vários artistas com essas raízes no underground – boa parte deles autodidatas – estão entrando ou sendo absorvidos por grandes galerias do circuito comercial, enquanto, por outro lado, galerias alternativas passam a suprir grandes colecionadores de arte. Esses dois universos, underground e mainstream, antes paralelos, agora interagem e transformam um ao outro. Um exemplo sintomático do que está acontecendo no mundo pôde ser visto recentemente na fachada da notória Fundação Cartier, em Paris, que recebeu a intervenção da artista brasileira mais “cara” da atualidade, Beatriz Milhazes. Pouco depois, em outra exposição, a mesma Fundação foi oficialmente pichada pelo pichador paulista Cripta. O fenômeno é global, mas o Brasil tem uma participação muito particular que ainda é pouco entendida dentro e fora do país, apesar do sucesso internacional de artistas como OS GÊMEOS, Herbert Baglione e Bruno 9li. No III BNB Agosto da Arte o curador/galerista/jornalista Lucas Ribeiro e a publicitária/produtora/jornalista Ana Ferraz, sócios do estúdio criativo NOZ.ART, de Porto Alegre (RS), vão aprofundar a percepção sobre esse panorama através das suas experiências, tanto com a produção de exposições de arte em espaços independentes, quanto pela documentação desse cenário vibrante para veículos de comunicação nacionais e estrangeiros. 4º dia Leitura de Portfólios de Artistas Sexta, 07 de agosto Horário: 15h às 18h Apresentadores: Lucas Ribeiro-RS e Ana Ferraz-RS (NOZ.ART) O NOZ.ART é uma empresa situada em Porto Alegre, criada por Lucas Ribeiro e Ana Ferraz, e que tem como principal foco o desenvolvimento e a fomentação de novos talentos nas artes, especialmente de artistas ligados a diferentes subculturas, como quadrinhos independentes, skate, punk e toda a estética do “faça-você-mesmo”. AÇÕES URBANAS Des-Invisível – Intervenção Visual Grupo: Laboratório de Arte Pública – LST (Alisson Carreira, David da Paz, Geovani Calixto e Renato Soares-CE). Terça, dia 04 de Agosto Horário: 09h Local: Esquina da Rua Assunção com Duque de Caxias. Os projetos propostos e executados pelo Laboratório de Arte Pública – LST sempre se relacionam com a sociedade e estão diretamente influenciados pela realidade que rodeia o ambiente imediato. Como é o caso de “Des-Invisível”, que se trata de um projeto de intervenção artística e educativa no espaço público urbano. O projeto reflete, de alguma maneira, esta realidade e se vale da fotografia, do design gráfico e da colagem para interferir nos espaços da vida. “Des-Invisível” analisa e denuncia de maneira provocativa a atual situação de crianças e adolescentes que são obrigados a passar os dias nas ruas mendigando, vendendo bombons e, às vezes, vendendo o corpo, para gerar alguma renda para si e para a família. A idéia é fotografar estas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e pessoal, depois interferir nas fotografias, criando silhuetas destas crianças e adolescentes, para, logo em seguida, colar estas imagens (em grande escala: 140 cm x 90 cm) no mesmo espaço em que as fotografias foram feitas (em ponto próximo ao CCBNB). Homo Consumibilis – Performance Coletivo Curto-Circuito (Airton Lima, David da Paz e Naiana Cabral-CE). Produção Executiva: Escola de Bens Imateriais. Quarta, dia 05 de agosto Horário: 10h10 Local: Centro da Cidade de Fortaleza. Uma performance que trata da crise do sujeito contemporâneo imerso em “áreas exclusivas para orgias de consumo” (centro comercial da cidade de Fortaleza). Áreas em expansão, cidade-mundo, cidade-shopping, cidade-oferta de mercadorias que se abate qual avalanche sobre os sujeitos, impedindo-os de se saberem como sujeitos. Três performers e três videomakers em três situ-ações iguais lançadas em três direções diferentes que partem de um mesmo local (Praça do BNB) e derivam pelo centro da cidade de Fortaleza por aproximadamente uma hora, para em seguida voltar ao mesmo local de partida, encerrando assim a performance. Trata-se de uma intervenção-obra-experiência móvel, visual, imediata, pontual e efêmera que propõe interferir no cotidiano de maneira sutil e intimista. Na performance HOMO CONSUMIBILIS, os performers atravessam um mar de produtos (centro comercial de Fortaleza), carregando entre os dentes vários cartões de credito. Neste mar de produtos, nesta tirania oral, o HOMO CONSUMIBILIS não encontra o que deseja, mas deseja tudo o que encontra. Peleja Glossolálica Grupo Balbucio (CE) Quarta, dia 05 de agosto Horário: 18h30 Num espaço aberto, como um pátio, é projetada a imagem da soprano portuguesa Isabel Nogueira, cuja imagem, do Aveiro (Portugal), chega via net e com a qual se estabelece, em tempo real (20 minutos), uma peleja glossolálica: emitimos, ela e o Grupo Balbucio, pulsos glossolálicos que devem ser repetidos por um e por outro alternadamente. Inspirada nos aboios do sertão nordestino, nos cânticos berberes, na ação performática de cantadores, repentistas e vendedores ambulantes das feiras, a ação investiga a incorporação da tradição oral na performance em meios digitais. DESlocAÇÕES Grupo Intervenções Humanas (CE) Quinta, dia: 06 de agosto Horário: 12h às 14h Local: Praça Murilo Borges (CCBNB) A intervenção pretende trabalhar elementos do cotidiano, com a proposta simples do deslocamento, providenciar novas formas de interação entre a praça, o outro e a imagem – seja esta imagem projetada nesse novo espaço fenomênico, seja ela imagem-memória, com seu significados correlativos decorrentes de sua narrativa própria. E nessa dinâmica, espaço, imagem e objeto (suporte) promovem e implicam novas formas de uso e pensamento da praça. Tendo como ponto de partida o deslocamento, a intervenção constitui-se da montagem de dois aparelhos de TV na praça Murilo Borges. Nelas serão exibidos os vídeos “Fortaleza Século XX” e “Fortaleza Século XX anos 1960”. Numa dupla jornada estaremos nos remetendo às antigas exibições em praças públicas. E na própria imagem exibida, vivenciaremos a nostalgia e o espaço público que se transforma e não existe mais. Nesse jogo, o próprio banco da praça ganha novas características, proporcionando encontro de discussão e convivência. O grupo Intervenções Humanas, formado do curso de audiovisual Pontos de Cortes da Vila das Artes, está há mais de um ano proporcionando novas formas de se pensar a projeção, tendo o cuidado de se pensar o local projetado e sua ligação com a imagem projetada. Já realizou trabalhos de promoção de oficinas de artes plásticas e audiovisual, e também realizou o evento Curta Filosofia, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC). Mais no: http://intervencao-humanas.spaces.live.com/ “Qual o Lugar da Arte?” e “Sua Arte tem Algum Lugar?” DIPLODOCUS (Lilia Moema e Renato Soares-CE) Período: 04 e 05 de agosto Horário: 12h às 21h Local: Praça Murilo Borges (CCBNB) Projeção à noite na fachada do prédio do BNB. O vídeo a ser exibido é uma compilação das imagens colhidas a partir de entrevistas realizadas com artistas de rua que não têm conhecimento sobre o circuito da arte, lançando-lhes duas perguntas: “Qual o lugar da arte?” e “Sua arte tem algum lugar?”. O DIPLODOCUS, formado em 2008 para criar e executar performances político-interventivas na área das artes visuais e audiovisuais, vem elaborando vídeos que tem como foco principal a discussão da cidade e de sua ocupação. Faixas de Antissinalização O PORO (MG) Terça, 04 de agosto Local: centro de Fortaleza, próximo ao CCBNB O Poro vai instalar faixas de antissinalização em locais públicos de Fortaleza. Panfletos, faixas, cartazes colados em muros. Estratégias que normalmente são usadas para estimular o consumo são experimentadas e recriadas pelo Poro como formatos de intervenção em espaço público e como possibilidades de circulação e difusão de trabalhos. Projeto Cortejo ACIDUM Quarta, 05 de agosto Horário: 12h Local: Entorno do CCBNB O Grupo Acidum realizará uma intervenção que consiste na pintura de silhuetas de anjos caídos pelas calçadas, seguindo um caminho em cortejo pelas ruas do entorno do BNB, que levará até à entrada do Centro Cultural. “Cabeças Esquentaram” (o suporte da arte e o suportar da realidade) Grafitecidade Quinta, 06 de agosto Horário: 09h Local: Esquina da av. 13 de maio com av. da Universidade A partir da elaboração de um painel produzido com as técnicas de spray, látex e lambe-lambe, será realizada uma intervenção na própria parede com pedaços de madeiras e tecidos. O grupo Grafitecidade buscará refletir sobre os espaços de manifestações da arte, que podem ser tomados amplamente como a própria cidade. Refletirá também sobre qual o papel da arte na canalização da complexidade da vida contemporânea na situação-limite que muitas pessoas vivenciam hoje, por razões de condicionamentos de deveres diários, impostos pela dinâmica em que a cidade se encontra, e do caos provocado a partir daí. ARTE EM PROCESSO A produção de arte contemporânea tem nos últimos anos se caracterizada por uma imensa variedade de técnicas, estratégias, procedimentos e discursos. Pensar a arte hoje passa a ser a reflexão sobre suas tangentes e contaminações com outros campos do conhecimento, com o mundo e com a vida. O objetivo do projeto “arte em processo” é proporcionar ao artista a possibilidade de experimentar, no espaço expositivo do Centro Cultural Banco do Nordeste, a elaboração de trabalhos em construção, ao contrário da obra finalizada ou idealizada. O que se apresenta é a pesquisa em desenvolvimento, aberta à intervenção do acaso, sem o amparo da lógica da certeza. Para o público, o projeto tem o objetivo de proporcionar a possibilidade de acompanhar o processo de elaboração e construção da obra em desenvolvimento do artista. O projeto deverá ser desenvolvido pelo artista convidado e acompanhado por um curador, crítico e/ou jornalista que, em conjunto com o artista, apresentarão um relato através de textos, fotos e desenhos. A Imagem do Outro Olhar Abertura da exposição: terça, dia 18 de agosto Horário: 19h Encontro com os artistas, curador e narrador: quarta, dia 19 de agosto Horário: 19h Artistas: Rodrigo Braga (PE) e Marina de Botas (CE) Narrador: o escritor e pesquisador Eduardo Jorge (CE) Coordenação e curadoria: Bitu Cassundé A Imagem do outro olhar conecta diálogos na produção de arte contemporânea nordestina. Na sua primeira edição, contou com a participação da artista mineira Rosangela Rennó, que conheceu e dialogou com a Região do Cariri (CE) através da linguagem do retrato pintado. Esta segunda edição, dentro do projeto Arte em Processo, propicia o encontro de dois jovens artistas nordestinos, Rodrigo Braga (PE) e Marina de Botas (CE). O processo desses “possíveis diálogos” será acompanhado por um profissional de outra linguagem (Literatura), o escritor e pesquisador Eduardo Jorge (CE), assim como do crítico de arte Bitu Cassundé. Essa ‘’pequisa/processo’’ será iniciada em agosto de 2009 dentro da programação do III BNB Agosto da Arte, e finalizado em 2010 com uma mostra resultante do acompanhamento dos olhares da literatura e da crítica de arte, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, no Museu Murillo La Greca, em Recife. Ambulantes em Espaços Vagos Período: 01 a 28 de agosto, Térreo Artistas: Breno Silva (MG) e Louise Ganz (MG) Curadoria: Marisa Flórido A exposição é uma expansão do trabalho *Lotes Vagos : Ocupações Experimentais*. Tratam-se de equipamentos para o uso de espaços vagos em qualquer cidade. Kits para banho, kits para manicures, kits para bailes, kits para hortas e outros. Todos conformando um lugar e uma função, adaptáveis em diversos espaços como a rua, a praia, o terreno baldio, as árvores de rua, os postes, as praças etc. Sobrepostas, Permeáveis e Intercambiáveis Período: 01 a 12 de agosto, 2° andar Artista: Vitor César (CE) Curadoria: Jorge Menna Barreto (SP) A exposição se organiza como um lugar para a investigação sobre a criação de espaços públicos em práticas artísticas. Sua configuração procura não ser a de uma exposição tradicional baseada em padrões modernos de espacialização, onde o artista expõe o resultado de um processo organizado em seu estúdio. Ele será uma situação temporária, que comporta diferentes fluxos, permite-se abrigar experiências não-planejadas e procura pensar novas formas de apresentação de procedimentos artísticos. PAPO XXI Paredes Pinturas no Jardim Santo André Mônica Nador (SP) Terça, 11 agosto Horário: 19h Desde 1998, Mônica Nador tem trabalhado em comunidades onde desenvolve oficinas de criação de estênceis e sua aplicação em paredes. Muitas vezes, pintando grupos de casas em vários pontos do país, e até mesmo em Tijuana, no México. Fundou o projeto Jamac, Jardim Miriam Arte Clube, na intenção de pintar todo o bairro paulistano (Jardim Miriam). Este projeto coordenado por Mônica Nador levanta questões que remetem ao significado da origem da arte, quando ainda não havia ainda a separação entre arte e sociedade, arte e religião, produtor e obra. O Jamac é uma realização que expressa um desejo de retorno à unidade perdida que, paradoxalmente, é reivindicada numa época de individualismo crescente, mas também de valorização do hibridismo e da heterogeneidade. ESCOLA DE CULTURA ENCONTRO COM PROFESSORES Linguagens, estratégias e abordagens das obras de arte e objetos culturais baseadas na idéia de hipertexto – questões pedagógicas Sábado, dia 22 de agosto Horário: 10 às 13h e das 14h às 17h Professora: Vera Barros (SP) Apresentação das inúmeras possibilidades de conexões com outras áreas do conhecimento, de diversos tempos, manifestações sociopolíticas e fatos atuais. Quanto mais relações possam ser estabelecidas entre obras de arte e objetos culturais com outras coisas do mundo, mais interessantes elas (as obras de arte) se tornarão. As pessoas aprendem uns dos outros e de várias fontes diferentes, com autonomia. Proporcionar o embate e choque com o novo, sem intermediações. E um dos aspectos mais importantes: todas as formas de conhecimento são legítimas. A base é um Caderno Educativo (ou texto-base), paradoxalmente escrito também como um hipertexto. A vivência no espaço expositivo também se dá como um hipertexto. O papel do educador passa a ser mais sofisticado, ao fazer uma "alta costura" entre as apreciações dos alunos e/ou visitantes, sobre questões estéticas, históricas e filosóficas, entre outras. O educador não mais atua como protagonista. Os protagonistas são as pessoas que visitam as exposições. E o mais importante, sem o uso do computador.

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Abertura de Exposição CCBNB

Postado em 28/12/2014 - 16:22:37

Programa gratuito Papo XXI

Postado em 09/06/2013 - 09:26:31




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