Interseções entre desenho e pintura

Centro Cultural BNB COMENTÁRIOS

Exposição apresenta trabalhos resultantes de pesquisa sobre interseções entre desenho e pintura

Na exposição, Diego de Santos apresentará trabalhos resultantes de uma pesquisa experimental sobre interseções entre desenho e pintura.



“Arranha-Verso”, exposição individual de Diego Santos, com curadoria de Maira Ortins, será aberta na próxima terça-feira, 1º de setembro, às 19 horas, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Térreo – Centro – fone: (85) 3464.3108). Gratuita ao público, a exposição ficará em cartaz até 30 de setembro (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; aos domingos, de 10h às 18h). Na exposição, Diego de Santos apresentará trabalhos resultantes de uma pesquisa experimental sobre interseções entre desenho e pintura. As obras foram realizadas a partir de ações gestuais, fazendo uso de materiais comuns, como grafite e caneta esferográfica sobre as duas faces de papéis simples (a exemplo do sulfite), passíveis de alterações visuais insólitas e que possibilitam liberdade de construção. A casa solidão (texto da curadora Maira Ortins) Quando o silêncio é tão ou mais significativo que as palavras, e o gesto do artista contemplativo sobre suas questões se amplifica na obra como um eco, inundando o universo lírico do branco sincero do papel, instala-se um nervoso estágio de reparo de uma outra consciência que pousa sobre o pensamento. Um homem transcorre este papel, apenas parte do corpo é visto, porque todo o resto se confunde com a casa, a casa solidão criada por Diego de Santos. É neste arquétipo que o artista transita, explorando todas as possibilidades para ele possíveis. A casa nos remete para a idéia de abrigo, mas quando a casa não abriga, aprisiona? Que forma de interação com o meio o artista expressa? Aqui, a casa não é refúgio, nem espaço de fuga. O homem teme essa casa feita de concreto e grades. Contudo, ainda se avista pela janela o azul, promessa de felicidade. O sonho não se serve de meios, por isso não há elementos que explicitem a fuga exata do homem nesse espaço. Como apreender a imaginação do sonho criado pelo artista, repleto de vazio e silêncio? O devaneio não trabalha com a conceitualização. Acima da casa, não se vê céu, vê-se tempo, corroído, em cor fosca e cinza. Papel gasto e cansado do atrito da caneta. O espaço ideal não existe na obra de Diego de Santos, os dois lados possíveis são limitados. O artista habita a terceira margem entre o espaço e o tempo, entre a cor e o branco, silencioso e calmo, nem triste, nem exato, nada preciso, pouco a ser dito e muito a ser visto. Breves currículos Diego de Santos – Natural de Caucaia (CE), Diego de Santos é graduando em Artes Visuais pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Realiza desenhos que se desdobram em instalações e intervenções utilizando papel sulfite, grafite e caneta esferográfica. Em 2004, atuou como arte-educador no Memória da Cultura Cearense e no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE). Atualmente é arte-educador do Sobrado Dr. José Lourenço. Em 2008, realizou a individual “Não adianta esfregar os olhos”. Expôs no 59º Salão de Abril, no Alpendre Casa de Arte, Pesquisa e Produção, no projeto Zeitlup! Câmera Lenta Brasil/Alemanha e no Museu da Estação, em Antonina (PR). Maira Ortins – Gravadora, desenhista e escultora, nascida em Recife. De 1995 a 1998, estudou desenho, pintura e escultura em argila na Escolinha de Arte do Recife. Estudou com Sebastião de Paula e Nauer Spíndola no Instituto Dragão do Mar. De 2001 a 2003, foi monitora da oficina de gravura do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC). Participou de várias exposições internacionais. No período de 2004 a 2006, idealizou e organizou, juntamente com Nauer Spindola, a primeira e segunda edições da Bienal Internacional Ceará de Gravura. Foi curadora da 58ª edição do Salão de Abril. Licenciada em Letras/Literatura pela UFC. Atualmente é coordenadora de Artes Visuais da Secultfor – Secretaria de Cultura de Fortaleza.

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