O Tempo nunca passa

Teatro José de Alencar COMENTÁRIOS

O Tempo nunca passa

‘O Tempo nunca passa’ estréia dia 15 de setembro no Teatro Morro do Ouro - anexo ao Theatro José de Alencar.



A partir de uma vivência e de uma observação no comportamento das pessoas, percebeu-se o quanto é notória a grande contradição que existe entre falar e agir. As pessoas falam uma coisa e vivem outra. Tudo isso é gerado por um grande conflito interno que pode causar traumas com sequelas extremamente profundas.

Muitas vezes na vida é preciso refletir e reagir para não se deixar abalar. Somos frutos do meio e da influência de nossa mente. A fé e a imersão em nossos paradigmas fazem com que passemos por situações que por muitas vezes poderiam ser evitadas.

O espetáculo “O tempo nunca passa” surge não com o objetivo de salvar o mundo, mas sim de auxiliar as pessoas a encontrar a resposta dessa pergunta tão difícil que é: Quem eu sou? Pois só com a resposta dessa pergunta e com coragem para enfrentar os nossos medos é que será possível vivermos inteiros e plenos. E quem sabe assim encontrarmos um verdadeiro segundo grande amor, pois o primeiro tem que ser o amor próprio.

OBJETIVO GERAL: Resgatar a verdade que é neutralizada e ofuscada pelos nossos próprios anseios.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Despertar o senso crítico. Proporcionar uma auto-avaliação sobre os próprios conceitos. Auxiliar as pessoas na busca pelo amor próprio.

JUSTIFICATIVA: Acreditamos que é de grande importância essa tão difícil busca pelo amor próprio. Diariamente, se faz necessária uma auto-avaliação teórica e prática sobre a vida. Desta forma, torna-se possível a construção de um ser mais digno e humano.

O espetáculo surgiu a partir de uma extrema necessidade de falar verdades. Vivemos em uma sociedade de absurda hipocrisia, aonde lobos e leopardos do capitalismo acabam facilmente fisgando as vulneráveis e fragilizadas mentes de nossa população. Fazemos um paralelo entre realidade e fantasia. Procuramos desvendar até que ponto vivemos uma realidade criada e a partir de que momento a fantasia passa a se tornar realidade.

Trazemos à tona um grande choque de estados da alma, uma recapitulação do eu, mexemos com o amor, com o ódio, com o incômodo e com a acomodação, reatamos laços que as pessoas insistem em ocultar. A nossa pesquisa tem embasamento, foco e admiração na verdade e nessa quimera de sentimentos que é o coração humano.

Trata-se se um grande ritual aonde ator performer, personagem e público se entrelaçam em uma sutil e grotesca mistura de questionamentos.

CONCEPÇÃO CÊNICA

“O tempo nunca passa” permeia um universo de vários sentimentos: amores, ódio, angústia, dependência e obsessão. Estas são algumas dentre várias outras sensações compartilhadas no decorrer das apresentações. Falamos sobre o amor e sobre as pessoas que criam sentimentos e dizem que é amor.

O espetáculo acontece de forma intimista e interativa. Onde público e personagens compartilham impressões, questionamentos e estados da alma trazidos à tona através de situações poéticas e cotidianas que ressoam de formas imprevisíveis naqueles que trazem em si a essência humana.

A partir de uma proposta ritualística mergulhamos num universo desconhecido. Os atores possuem um roteiro básico que a partir das relações com o público pode ser reconstruído ou ressignificado na própria cena. Possibilitando assim uma maior abertura para religações de memórias já esquecidas. Desta forma acreditamos caminhar em busca dessa verdade tão necessária para todos.

SOBRE A CIA. VERDADE CÊNICA

Este é o primeiro trabalho da Cia. Verdade Cênica, com Diego Clayton e Wládia Torres no elenco. A nossa formação vem dos estudos pela vida, de cursos e experiências trocadas com outros artistas. Trabalhamos em um processo de criação coletiva no qual os atores e técnica expõem os pensamentos sobre a vida e sobre o comportamento do ser humano em si.

Atualmente a companhia vem trazendo a tona as relações afetivas que muitas vezes são máscaras utilizadas como artifícios para desviar a atenção para longe do real estado em que nos encontramos.

Hoje é muito raro conhecer alguém que vive em sua real essência. Essa é a verdade que nós queremos auxiliar as pessoas a encontrar. Acreditamos que a sociedade vive em uma constante guerra pela sobrevivência e que salvação para esse caos é o amor e o respeito na teoria e na pratica.

O resultado desse trabalho é uma verdadeira brincadeira de contar verdades. Resgatamos esse distanciamento tão próximo que as pessoas fazem de si mesmas. Acreditamos em um teatro onde a verdade é extrema prioridade, em um fazer teatral que vai além de uma simples estética, claro que não desvalorizando a importância da mesma. Fazemos um paralelo entre realidade e fantasia. Procuramos desvendar até que ponto nós vivemos em uma realidade criada e a partir de que momento a fantasia passa a ser realidade.

Esse é um grande paradigma que todos vivemos, porém poucos param pra observar. Muitos artistas ou pessoas que dizem fazer teatro fazem o seguinte comentário: O teatro imita a vida e a vida imita a arte. Mas poucos param para disponibilizar o mínimo do tempo de seu dia para observar o comportamento das pessoas.

Para o nosso trabalho, a estética é plano secundário: é um fator desenvolvido a partir de uma prática e não uma reprodução de uma idealização chapada em estudos teóricos já existentes. Lógico que sem desmerecer o esforço e a grande valia do trabalho dos grandes e dos desconhecidos dramaturgos que percorreram e contribuíram para a história do teatro.

A humanidade é presa fácil de si mesma. Somos todos reféns de nossas próprias atitudes. De que mundo nos escondemos? Não é a pergunta que queremos fazer. Quem somos? Isso sim é o que queremos perguntar. Somos meros curiosos em busca da verdade.

FICHA TÉCNICA O Tempo Nunca Passa

Texto: Diego Clayton

Grupo: Companhia Verdade Cênica

Criação, figurino e atuação: Diego Clayton e Wládia Torres

Maquiagem: Gutto Moreira

Sonoplastia: Isabel Rodrigues e Toruh

Ambientação Cênica: Aury D’Java e Gutto Moreira

Iluminação: Renata Priscila

Operação de Luz: Diego Clayton, Wládia Torres e público

Duração: 40 minutos

Classificação indicativa: Livre

Teatro José de Alencar


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