Exposição individual de Eduardo Frota

Centro Cultural Banco do Nordeste/Fortaleza COMENTÁRIOS

Exposição individual de Eduardo Frota sintetiza a dialética entre a transparência e a opacidade



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) abre na próxima terça-feira, 21, às 19 horas, a exposição individual “Objeto In Situ”, do artista visual Eduardo Frota. Com uma estrutura gigantesca construída em madeira e acrílico, a intervenção de Eduardo Frota no espaço expositivo do CCBNB-Fortaleza sintetiza a dialética entre transparência e opacidade. Gratuita ao público, a exposição fica em cartaz até 30 de novembro deste ano (terça-feira a sábado, de 10h às 20h; aos domingos, de 10h às 18h). Uma indiscreta não-moldura para o vazio (texto de Carlos Augusto Lima) Aqui não há nada para ver. Não espere a obrigação de sentido, assim tão impulso, certeza, precisão. Não espere um objeto. Isto não é um objeto. Mas é. E seu lugar é estranho, sua função invasiva neste espaço feito de outro cálculo. Como foi parar ali, nesse lugar que foi pensado para ser o que não é? Lugar que tem a memória da ruína. Ruína monetária. Ruína que se avizinha, se noticia, apavora, dado da incerteza, quinhão que escoa num triz. Este objeto não é um espetáculo. Não há espetáculo. Não é o máximo, nem o mínimo. Este objeto não se diz. O que ele trava de conversa é com o lugar. Lugar da memória que se monetariza, que não é mais, pensado para ser o que não é. Pode ser que tudo não passe de uma investigação do lugar. O objeto discute o lugar. Você pode ouvi-los? Chegue mais perto, escute, perscrute, torne o passeio, as brechas são largas, olhe para os contornos, erga a cabeça, erga a cabeça e olhe para cima, sinta o cheiro, toque, passe por cima, brinque, se possível, de esconder, de mostrar, de mostrar. Há os contornos da luz, seus reflexos, algo que rebate e parece anunciar. Mas só parece. O mais importante: esteja vivo entre o lugar e o objeto. Esteja presente nesta escala improvável, geometria às avessas. Esteja presente, pois tudo tende a desaparecer. Este objeto irá desaparecer, já que, de alguma forma e fundamento, ele não comporta outro lugar. Não há para onde ir. Esta investigação do espaço e do objeto é no agora. Esta provocação do espaço e do objeto estará brevemente em suspenso. Uma memória, uma indiscreta e particular não-moldura para o vazio. ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS: · Eduardo Frota – (85) 9991.1221 – edufrota@secrel.com.br · Jacqueline Medeiros (coordenadora de Artes Visuais do CCBNB-Fortaleza) – (85) 3464.3184 / 8851.5548 – jacquerlm@bnb.gov.br · Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br

Comentários

blog comments powered by Disqus