Programação cultural de 6 a 11 de março de 2018

Centro Dragão do Mar COMENTÁRIOS

Programação cultural de 6 a 11 de março de 2018

Estão entre os destaques os shows e debates que integram o ciclo programático "Bárbaras: Mulheres do Ceará".


► [PROGRAMAÇÃO ESPECIAL "BÁRBARAS: MULHERES DO CEARÁ"]
Debates alusivos ao Dia Internacional da Mulher, no Museu da Cultura Cearense
Mais do que um espaço privilegiado de difusão de arte e cultura, o Dragão do Mar tem se firmado como lugar de reflexão e promoção do pensamento. Desta forma, realizará, ao longo do mês, debates que pretendem provocar discussões sobre a presença das mulheres em campos diversos da vida social, compondo assim parte da programação do ciclo "Bárbaras: Mulheres do Ceará".

No dia 8 de março, o Museu da Cultura Cearense (MCC) promove o "Diálogo Cultural As Mulheres e a Arte". A partir das 18h, no miniauditório do MCC, artistas de múltiplas linguagens são convidadas para falar sobre problemáticas relacionadas à (in)visibilidade feminina na arte. Onde estão as mulheres na história da arte? E onde estão as artistas? O que elas estão produzindo? Essas e outras questões serão discutidas entre Raquel Santos (Coletivo Mulheres no Grafiti), Alexsandra Ribeiro (grafiteira Dinha), Maruska Ribeiro (performancer de rua), os coletivos Mulher de Quem? e Mulheres da Imagem - CE.
No ciclo "Bárbaras: Mulheres do Ceará", também há espaço para os amantes da sétima arte. Como forma de discutir o protagonismo feminino nas artes, o núcleo educativo do Museu da Cultura Cearense realizará, nos dias 6, 7 e 9 de março, o ciclo de cine debate "Mulheres e realizações audiovisuais", com exibição dos curtas "Maria de minha infância", de Andrezza Feitosa, "O Vigia", de Priscila Smith, premiado no Festival NOIA 2017, e "Rotinas", do Coletivo Tentalize, respectivamente. A programação inicia às 17h30, no miniauditório do MCC.

// Cinedebate, nos dias 6, 7 e 9 de março de 2018, às 17h30, no Miniauditório do MCC. Diálogo Cultura, no dia 8 de março, às 18h, no Miniauditório do MCC. Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.


►[CIRCO] Espetáculo "A Isca"
As 10 Graças
Em 1943, em plena noite, um navio zarpa em alto-mar com um grupo de pescadores. Ao comando do Capitão, os tripulantes Nestor, Mantêga e Sereno seguem a bordo de uma grande aventura que tem o riso e a crítica como pano de fundo. Uma velha matéria de jornal e um penico - que é signo e extensão do corpo do ator - são o ponto de partida para um mergulho nas surpresas, paixões, alegrias e tristezas presentes na narrativa.
// Dias 6, 7, 13 e 14 de março de 2018, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Classificação etária: Livre.
Contato: Alysson Lemos / alyssonlemosc@gmail.com / 85 99844-3921

 


►[TEATRO] Espetáculo "Maquinista"
Pavilhão da Magnólia
A incrível história do "ator" que entrou para o bando de Lampião após enganar toda uma cidade. Baseado numa figura real, Antônio Maquinista* é um tipo presepeiro, inteligente e bem-parecido, que, com boa leitura e não pior escrita, dispôs-se a promover, em meados de 1926, um espetáculo de teatro na cidade de Floresta, Pernambuco. Mas, após recolher o dinheiro dos ingressos e arrecadar por empréstimo um sem-número de cobertas a serem improvisadas em cortinas, desapareceu na hora da abertura do espetáculo com tudo o que se achava em seu poder. Jurado de morte pela rapaziada fogosa da terra, justamente afrontada com o ridículo em que se envolveram indiretamente as suas famílias, é com pouca surpresa que, dias depois, estoura a notícia do alistamento do ator velhaco no bando de Lampião, onde aliás não viria a pôr freio ao seu espírito criativo.
// Dias 8, 9, 10, 11, 15, 16, 17, 18, 23, 24 e 25 de março de 2018, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Classificação etária: Livre.
Contato: Silvianne Lima. (85) 988906539 / producao@pavilhaodamagnolia.com.br

 


► [PROGRAMAÇÃO ESPECIAL "BÁRBARAS: MULHERES DO CEARÁ"]
Shows "Androginismo", com Silvero Pereira e Valéria Houston + "¿Vamos a bailar?", com Las Tropicanas

Androginismo

Show inédito chega ao Centro Dragão do Mar para única apresentação no dia 08 de março. Androginismo, que teve sua estreia numa das casas de espetáculos mais respeitadas por intelectuais e artistas de Porto Alegre e em seguida fez apresentações no Rio de Janeiro, chega a Fortaleza ancorado no fenômeno de bilheteria ocorrido nessas duas capitais.
O trabalho, que é assinado pelo Coletivo Artístico As Travestidas (Fortaleza), decorre do encontro entre a transformista cearense Gisele Almodóvar, alter ego do ator Silvero Pereira (protagonista do espetáculo BR-TRANS), e a cantora transexual gaúcha Valéria Houston. O título Androginismo é inspirado na canção composta pelos Almondegas, grupo gaúcho que na década de 70 emplacou essa canção na vanguarda do questionamento acerca da diversidade sexual, especialmente da travestilidade.

O repertório contempla vários gêneros musicais, da MBP aos hits internacionais. Para definir esse roteiro, foram pesquisadas canções que retratassem o universo LGBTTT, não somente a partir de um critério cronológico ou estético, mas principalmente para que o público pudesse interagir com a proposta artística idealizada pelos performers.

Androginismo é uma homenagem divertida, festiva e poética, que une esses dois talentos do sul e do nordeste brasileiro, em torno da boa música. Mas também pode ser visto como um show que promove, de forma metafórica e afetiva, o rompimento dessas fronteiras de gênero tão presentes nos nossos substratos culturais e sociais. Ao percorrerem a fina-flor da música brasileira, e também os clássicos de Nina Simone à Edith Piaf, acompanhadas dos músicos Rodrigo Apolinário e Rafael Erê, o que temos é um momento pensado para a celebração da vida em seu estado mais elevado de alegria e emoção.
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¿Vamos a bailar?
O convite acima resume bem a proposta dessa nova iniciativa musical da cidade. Encabeçado pelas cantoras Lorena Nunes, Di Ferreira e Pepita York (personagem feminino de Jeff Pereira), o "Las Tropicanas" promete fazer ferver os salões e festas por onde passar. Com direção musical do produtor musical Claudio Mendes, o espetáculo passa por um repertório que foca na música latina. O baile passa por clássicos do gênero latino como a salsa de Célia Cruz e a lambada do Kaoma; adentra o universo do Reggaeton e da Rumba com artistas mais contemporâneos como Shakira e Ricky Martin; e apresenta releituras de sucessos do pop internacional e da música brasileira em versões "quentes". É baile latino, é tropical, é carnaval, é "Las Tropicanas".
// Dia 8 de março de 2018, às 19h, no Anfiteatro. Acesso gratuito com retirada de ingressos 2h antes do início do show. Classificação etária: Livre.

 

 

► [ARTES VISUAIS] Abertura da exposição /Simultâneos/
No dia 8 de março, a partir das 19h, o Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE) abre /Simultâneos/, bloco composto por cinco pequenas mostras que aproximam linguagens, temporalidades e questões, a partir de eixos que convidam o público à participação.
Com a instalação "Você Gostaria de participar de uma experiência artística? Circulação & repouso", Ricardo Basbaum propõe o envolvimento do outro como participante em um conjunto de protocolos indicativos dos efeitos, condições e possibilidades da arte contemporânea. O projeto se inicia com o oferecimento de um objeto de aço pintado (125 x 80 x 18 cm) para ser levado para casa pelo participante (indivíduo, grupo ou coletivo), que terá um certo período de tempo (em torno de um mês) para realizar com ele uma experiência artística. O artista maranhense Thiago Martins de Melo apresenta, em outra sala, um conjunto poético que convida o público a discutir o colonialismo por meio da metanarrativa que se projeta no filme "Barbara Balaclava" (2016).
/Simultâneos/ contará ainda com mostra "Montar uma Ruína", de Lis Paim. Trata-se da primeira exibição pública do arquivo audiovisual constituído pela artista a partir da edificação em ruína do Alagoas Iate Clube - o Alagoinha, um antigo clube modernista localizado dentro do mar da orla de Ponta Verde, na cidade de Maceió (AL). Alvo de peculiares ocupações transitórias e de ameaças constantes de desaparecimento desde o momento da sua desapropriação e abandono pelos vários governos em Alagoas, a imagem do Alagoinha na paisagem urbana é a de um apêndice; uma aresta consentida e mal aparada de Maceió: um lugar de limbo.
Em outra sala, são apresentados fragmentos de álbuns de família da cidade de Várzea Alegre/CE, a partir de um conjunto de imagens produzidas pelo "Studio Saraiva" e por "Telma Saraiva", que evidencia a sofisticação de pensar, executar e reinventar a fotografia na metade do século passado no Cariri cearense (Crato/CE).
Na Sala Experimental, a curadora Carolina Vieira elege algumas obras do Acervo MAC e da Pinacoteca do Estado do Ceará, e aproxima de um recorte contemporâneo da produção cearense, pontuadas por pinturas de Thiago Martins de Melo.
// Abertura dia 8 de março de 2018, às 19h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Visitação até 13 de maio de 2018, de terça a sexta-feira, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

 


► [MÚSICA] Festival Garage Sounds Fortaleza
// Dia 10 de março de 2018, às 14h, na Praça Verde. Classificação etária: 16 anos. Ingressos: R$ 52,00 Meia | R$ 57,00 Inteira Social (01 Kg de Ração ou um livro em bom estado) | R$ 102,00 Inteira.
Contato: 85 99401.5534 Rafael Neutral / neutralrafael@gmail.com

 


► [PROGRAMAÇÃO ESPECIAL "BÁRBARAS: MULHERES DO CEARÁ"]
Debate "Estratégias e liderança feminina para sustentabilidade na moda"
Com Gabi Dourado e Clara Dourado (As Desenroladas) e Mariana de Castilho (Pavão Misterioso) e mediação de Amanda Ávila
No dia 10, a partir das 16h, o auditório do Dragão do Mar sediará o debate "Estratégias e liderança feminina para sustentabilidade na moda". As jornalistas Gabi Dourado e Clara Dourado (As Desenroladas) e a designer de moda Mariana de Castilho (Pavão Misterioso) debatem o tema, que contará com mediação de Amanda Ávila, autora do "Guia de sustentabilidade para eventos de Moda". O acesso é gratuito e livre.
// Dia 10 de março de 2018, às 16h, no Auditório do Dragão do Mar. Acesso Gratuito. Classificação etária: Livre.

 

 

► [TEATRO INFANTIL] Espetáculo "Senhorita Marshmallow"
Cia Teatro Mosca
Senhorita Marshmallow é a proprietária de uma grande rede de fast-food, que se encontra à beira da falência diante da chegada de uma grande e popular cozinheira na cidade. Para resolver esta situação, Marshmallow planeja uma sabotagem junto ao seu confidente Espelho Mágico sequestrado da Madrasta da Branca de Neve. O que ela não esperava era o que Espelho, fingindo lhe ajudar, já planejava a própria fuga tudo junto do funcionário escravizado do palácio.
Fotos: https://goo.gl/T3zasa
// Dias 10, 11, 17 e 18 de março de 2018, às 17h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Classificação etária: Livre.

Contato: Lucas Alexandre Whats (85) 98779 5003 / producaoteatromosca@gmail.com

 


► [PROGRAMAÇÃO ESPECIAL "BÁRBARAS: MULHERES DO CEARÁ"]
Fuxico no Dragão Especial "Elas nas pickups"
Com a DJ Bia Gondim
Durante o mês de março, a programação "Bárbaras: Mulheres do Ceará" apresenta edições especiais da tradicional feirinha dominical Fuxico no Dragão. O projeto "Elas nas pickups" traz, neste domingo (11), a DJ Bia Gondim para levantar o astral e animar o público com ritmos brasileiros, sons regionais misturados a eletrônicos e pops. Viajando pelos sons do Nordeste, das criações de Pernambuco ao Bahia bass, chegando até as batidas de funk do Rio, é assim que segue o baile com set da Bia Gondim. Além da música, o Fuxico compõem-se ainda de feira com expositores de produtos criativos em moda, design e gastronomia.
// Dia 11 de março de 2018, das 16h às 20h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.
Contato: Bia 85 98207-7471

 


► [MÚSICA] Pra ver a banda
Com Orquestra de Sopros de Icapuí
Criado em 1996, o programa Pra Ver a Banda configura-se como uma das principais ações para a articulação da Rede de Bandas do Ceará. De 1996 a 2014, com cerca de vinte apresentações anuais, no Espaço Rogaciano Leite Filho, o programa bimensal oportunizou às Bandas de Música de todas as regiões do Ceará um espaço para apresentação onde estas corporações eram as protagonistas. O Pra Ver a Banda se propõe a ser um espaço de difusão e fruição da música instrumental, por meio das Bandas de Música do Ceará e tem como objetivo apoiar, promover e fortalecer a Rede Estadual de Bandas de Música do Ceará.
// Dia 11 de março de 2018, às 18h, no Espaço Rogaciano Leite Filho. Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.
Contato: Arley França (arleyfranca@gmail.com / 85 98899 1061)

 

 


//// TODA SEMANA NO DRAGÃO DO MAR

Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
Sempre de sexta a domingo, das 17h às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.

Planeta Hip Hop
Crews de breaking e outras danças do hip hop promovem encontro de dançarinos do gênero com DJ tocando ao vivo.
Todos os sábados, às 19h, na Arena Dragão do Mar. Acesso gratuito.

Brincando e Pintando no Dragão do Mar
Sob a orientação de monitores, uma série de jogos, pinturas, brincadeiras e outras atividades são oferecidas às crianças.
Todos os domingos, às 16h, na Praça Verde. Acesso gratuito.

 


//// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura informa que o Planetário Rubens de Azevedo modernização tecnológica. Está, portanto, temporariamente fechado para atendimento ao público amplo, funcionando apenas para escolas agendadas. Informações: 3488.8639 ou www.dragaodomar.org.br/planetario

 

//// VISITE NOSSAS EXPOSIÇÕES

► Exposição "Luciano Carneiro: O Olho e o Mundo"

Parceria entre o Instituto Dragão do Mar (IDM) e o Instituto Moreira Salles (IMS) traz a Fortaleza exposição inédita sobre o cearense Luciano Carneiro, fotojornalista com uma das mais expressivas produções do Brasil. Intitulada "Luciano Carneiro: O Olho e o Mundo", a mostra está em cartaz dia 13 de maio de 2018, no Museu da Cultura Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. São cerca de 300 fotografias registradas entre o fim da década de 1940 e ao longo da década de 1950, período em que o fotojornalista atuou na revista O Cruzeiro. Sob curadoria de Sergio Burgi, coordenador de Fotografia do IMS, a mostra pretende difundir a visão de um talento ainda pouco conhecido na história da fotografia brasileira e permite um denso recorte do início do moderno fotojornalismo no país.

Luciano Carneiro foi um dos jornalistas mais atuantes de seu tempo. Em uma curta carreira, interrompida por sua morte aos 33 anos em um acidente aéreo, logo se destacou entre os principais nomes de O Cruzeiro. Trabalhou na revista entre 1948 e 1959, inicialmente como repórter e, no ano seguinte, escrevendo e fotografando. Nesse período, a publicação fez uma consistente inflexão em direção a um fotojornalismo mais humanista e engajado. Essa mudança foi concretizada por fotógrafos como José Medeiros, Flávio Damm, Luiz Carlos Barreto, Henri Ballot, Eugênio Silva e o próprio Carneiro, que passaram a integrar a equipe da revista, trazendo para as fotorreportagens maior ênfase na objetividade e no caráter documental e jornalístico.
Graças à enorme estrutura dos Diários Associados, grupo do qual a revista fazia parte, fundado por Assis Chateaubrinand, Carneiro pôde fazer séries de reportagens em quatro continentes, incluindo a cobertura da Guerra da Coreia, em 1951, sendo um dos únicos repórteres sul-americanos a cobrir o conflito. Com seu espírito aventureiro e com um brevê de paraquedista que possuía, saltou, ao lado do exército americano, sobre as linhas inimigas durante a guerra.

Carneiro documentou, em 1955, o trabalho humanista do dr. Albert Schweitzer na África - premiado três anos antes com o Nobel da Paz. Acompanhou a entrada de Fidel Castro e seus companheiros vitoriosos em Havana, em janeiro de 1959, e realizou ainda reportagens no Japão, na Rússia e no Egito de Gamal Abdel Nasser, presidente daquele país de 1954 até 1970.
No Brasil, realizou matérias sobre jangadeiros, posseiros, a seca no Nordeste, a herança do cangaço, as lutas estudantis e ainda diversas matérias reunidas na seção "Do arquivo de um correspondente estrangeiro" na revista O Cruzeiro, da qual era titular e onde expressava livremente suas opiniões. Ali, revelava influências da fotografia humanista do pós-guerra praticada por fotógrafos como Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, Robert Doisneau e W. Eugene Smith. Era um contraponto à coluna de duas páginas de David Nasser, expoente de uma escola de jornalismo de viés sensacionalista, a qual Carneiro se opunha frontalmente.
Ao lado de Rachel de Queiroz, Luiz Carlos Barreto e Indalécio Wanderley, foi parte do elenco de jornalistas, fotógrafos e intelectuais cearenses que ajudaram a construir este grande veículo de comunicação de abrangência nacional e internacional que foi a revista O Cruzeiro. O Instituto Moreira Salles vem ao longo dos últimos anos dedicando-se à pesquisa sobre o fotojornalismo no Brasil, principalmente a partir da produção dos fotógrafos que atuaram na revista.


Apesar de sua evidente relevância, a produção fotográfica de Luciano Carneiro não foi ainda devidamente referenciada e pesquisada. Esta exposição é o primeiro passo mais abrangente nesta direção, com o objetivo de resgatar este importante legado, situando devidamente e definitivamente a obra de Luciano Carneiro no âmbito da fotografia e das artes visuais no Brasil. O conjunto de imagens apresentado corresponde integralmente à coleção de originais cedida ao IMS por sua família, em que se destacam as reportagens que realizou no exterior como correspondente da revista.
Além das fotografias originais, serão exibidos materiais de época, como revistas e fac-símiles de matérias. Outros destaques são: um vídeo sobre a importância da revista O Cruzeiro do ponto de vista de fotógrafos, com depoimentos de Luiz Carlos Barreto e Flávio Damm, que trabalharam na revista, e Walter Firmo e Evandro Teixeira, que nela encontraram a mais forte inspiração no início da carreira; e um minidocumentário produzido para a montagem original da exposição sobre Luciano Carneiro, com entrevistas de Ziraldo e Luciano Carneiro Filho, entre outros.

Sobre o fotógrafo

José Luciano Mota Carneiro (Fortaleza, 1926-Rio de Janeiro, 1959), filho de Antônio Magalhães Carneiro e Maria Carmélia Mota Carneiro, nasceu no dia 9 de outubro. Iniciou sua carreira como jornalista nos jornais Correio do Ceará e O Unitário, periódicos integrantes dos Diários Associados. Começou a fotografar nesse mesmo período e, em 1948, passou a integrar a equipe da revista O Cruzeiro, no Rio de Janeiro, como repórter. Suas fotos passariam a ilustrar as reportagens um ano depois.
Luciano Carneiro morreu tragicamente, no dia 22 de dezembro de 1959, em um acidente de avião próximo à cidade do Rio de Janeiro, quando retornava de um trabalho singelo em Brasília: fotografar o primeiro baile de debutantes da nova capital, então às vésperas da inauguração.
Dos destroços do avião, foram resgatadas suas máquinas fotográficas e os filmes com as fotos. A revista o homenageou publicando o que seria sua última matéria, no dia 16 de janeiro de 1960, sem título nem textos, apenas imagens - em uma delas, aparece o próprio fotógrafo refletido em um espelho. Antecedendo as imagens do acidente, na edição de 9 de janeiro, que anunciava o falecimento, foram publicadas duas páginas escritas por David Nasser lamentando a perda do colega. No texto, Nasser ressalta as diferenças entre o jornalismo praticado por ambos e, ao mesmo tempo, reconhece e enaltece sua objetividade e seu humanismo. Na edição de 16 de janeiro, foi Rachel de Queiroz quem publicou sua homenagem.

Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1zJpnObY8kZyRJJwClPUq1S9LLRCNz_4s?usp=sharing

// Visitação: de 23 de fevereiro a 13 de maio de 2018, no Museu da Cultura Cearense, de terça a sexta-feira, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

 

► Exposição "Vaqueiros"

Exposição lúdica, de caráter didático, percorre o universo do vaqueiro a partir da ocupação do território cearense pela pecuária até a atualidade. Utiliza cenografia, imagens e objetos ligados ao cotidiano do vaqueiro.

// Exposição de longa duração, no Piso Inferior do Museu da Cultura Cearense. Visitação de terça a domingo, das 9h às 19h (acesso até as 18h30) e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.

FUNCIONAMENTO DO CENTRO DRAGÃO DO MAR

Geral: de segunda a quinta, das 8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h. Bilheteria: de terça a domingo, a partir das 14h.
Cinema do Dragão: de terça a domingo, das 14h às 22h. Ingressos: R$ 14 e R$ 7 (meia). Às terças-feiras, o ingresso tem valor promocional: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).
Museus: de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.
Multigaleria: de terça a domingo, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Acesso gratuito.

OBS.: Às segundas-feiras, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus, Multigaleria e bilheterias.

 

 

Centro Dragão do Mar


Anatomia das coisas encalhadas

Postado em 24/03/2017 - 10:06:08




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