CCBNB-Fortaleza abre exposições coletiva

Centro Cultural BNB/Fortaleza COMENTÁRIOS

CCBNB-Fortaleza abre exposições coletiva '3 + 2' e individual 'As Meninas' nesta terça-feira, 16



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) abre na próxima terça-feira, 16, às 19 horas, duas exposições de artes visuais: a coletiva “3 + 2”, reunindo os paulistas Antônio Ewbank, Chico Togni e Yuk Hori, o carioca radicado em São Paulo, Marcelo Berg, e o cearense Nivardo Victoriano; e a individual “As Meninas”, com a artista paraibana Margarete Aurélio, e curadoria de Dyógenes Chaves. Gratuitas ao público, as duas exposições ficam em cartaz até 16 de outubro deste ano. Na dinâmica do processo criativo da exposição “3 + 2”, o objeto cotidiano perde sua utilidade para assumir outras funções. Os trabalhos que compõem esta mostra explicitam essa relação em duas frentes. No primeiro conjunto de trabalhos, Antônio Ewbank, Chico Togni e Marcelo Berg subvertem as funções de cada objeto, cerceando qualquer possibilidade de uso normal, gerando um uso absurdo, ou não-uso, em caixas para transporte de animais claramente inúteis, a subversão de aparatos urbanos, ou um espaço arquitetônico minimamente delimitado. Já Nivardo Victoriano e Yuk Hori expandem o tempo do uso comum para uma percepção também deslocada do cotidiano, com um par de sapatos perdendo sua função e gerando apreensão do texto no espaço ou um eclipse do Sol espantosamente longo. Crianças é o tema predileto da artista paraibana Margarete Aurélio, que mostra na exposição “As Meninas” um conjunto de desenhos realizados a partir de suas visitas ao Sítio Tungão, nos arredores do município de Monteiro, no Cariri Paraibano. Ela não imaginava que as intermitentes viagens lhe criassem certa afeição pelas pessoas do lugar (em especial, as crianças). Nessa mostra individual, a desenhista procura revelar a pessoa humana por meio de seus gestos e olhares. Sinopse da exposição coletiva “3 + 2” Chico Togni: “Ato nº 1” foi realizado em frente ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. A ação consistiu em chegar de bicicleta ao local, amarrá-la em uma escultura e registrar as conseqüências de antemão esperadas. Já em “Ato nº 2” e “Ato nº 3”, as placas de sinalização de vias públicas e de itinerários de ônibus foram cobertas com vinil adesivo. Marcelo Berg: A porta como objeto de permissão ou proibição de acesso perde sua lógica funcional na série de trabalhos “Batente”. A maneira como é realizada a montagem do objeto em uma arquitetura mínima retira sua dualidade funcional de abrir e fechar. Esta subversão de sua função é o que estrutura o espaço arquitetônico construído em uma tensa situação de equilíbrio. Nivardo Victoriano: “Riverrunriocorrente” é composto por um par de sapatos usados e a reescritura do fragmento 1, do romance-poema “Finnegans Wake” (1924), de autoria de James Joyce. O fragmento é reescrito em inglês e português. O texto bilíngüe foi retirado do livro “Panorama do Finnegans Wake” (1986), de Augusto e Haroldo de Campos. As palavras “riverrun” e “recirculation” que aparecem nos sapatos também estão no fragmento 1. Antônio Ewbank: PINO (www.pino.tc) é o nome de uma empresa fictícia. Seus produtos mimetizam objetos e práticas cotidianas. Operações de representação que visam, através de procedimentos vinculados aos processos de fabricação, transporte, distribuição e venda de mercadorias, evidenciar características particulares aos objetos ou contextos aos quais os trabalhos se referem, assim como refletir sobre as implicações destes deslocamentos para o âmbito da arte. Yuk Hori: a animação simula o fenômeno do eclipse solar. O vídeo tem início no dia da abertura da exposição e tem seu término no dia do encerramento. A duração do eclipse coincide portanto com o tempo de permanência do evento. Sinopse da exposição individual “As Meninas” (texto do curador Dyógenes Chaves) Em 1998, Margarete Aurélio viajou até o Sítio Tungão, nos arredores de Monteiro, no Cariri paraibano, para conhecer a pifanista Zabé da Loca (88 anos, destes, quase metade vividos numa gruta no alto da serra). Não imaginava que as intermitentes viagens a partir daí lhe criassem certa afeição pelas pessoas do lugar (as crianças, em especial). Este envolvimento deu-lhe a certeza de que as crianças sempre são as mesmas, qualquer a condição ou o lugar, muito embora, também concluísse que ali elas tinham poucas chances de futuro. Nestes encontros, fotografava e desenhava compulsivamente todos os momentos ao lado das meninas. Sabendo que elas não conheciam o mar, resolveu trazê-las para um fim de semana na praia de Manaíra, em João Pessoa, onde vive. E aí foi percebendo as mudanças nas faces, comportamentos e nos corpos de cada menina. Hoje, dez anos depois, Margarete está quase certa de que estas meninas não são mais as “suas meninas”. O que lhes reserva o tempo? Pra onde é que elas vão? Nesta exposição não há imagens típicas de cartões-postais. Estas crianças existem (e sonham). Elas são Carla, Cícera Romana, Branca, Débora, Bruna, Biu, Geovânia, Josilene, Jaíne... Alegres e lindas. São crianças, simplesmente. ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS: · Chico Togni – (11) 7623.9691 / 2589.6258 – chicotogni@yahoo.com.br · Marcelo Berg – (11) 9972.2746 / 3258.7515 – marceloberg@terra.com.br · Nivardo Victoriano – (85) 8704.3334 / 3494.1280 – nivardovictoriano@hotmail.com · Antônio Ewbank – (11) 9787.5407 / 3477.4858 – antonio.ewbank@gmail.com · Margarete Aurélio – (83) 8874.7877 / 3247.6756 · Dyógenes Chaves – (83) 8874.7877 · Jacqueline Medeiros (coordenadora de Artes Visuais do CCBNB-Fortaleza) – (85) 3464.3184 / 8851.5548 – jacquerlm@bnb.gov.br · Carmen Paula (gerente-executiva do CCBNB-Fortaleza) – (85) 3464.3111 / 8635.6031 – cpaulavm@bnb.gov.br · Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br

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