Seminário Avançado de Arte

Centro Cultural BNB/Fortaleza COMENTÁRIOS

Seminário Avançado de Arte: A arquitetura de um circuito em construção – Nordeste



Região de bifurcações culturais, fluxos contraditórios e contrastes que perpassam o tempo, o Nordeste brasileiro se constrói por uma rica cultura nas diversas linguagens que o compõem. Percorrer esses processos nordestinos revela estruturas marcadas severamente por concepções políticas, sociais, econômicas, na sua maioria equivocadas, que conduziram e ainda regem nosso tempo a nossa condição de nordestino.

Território traduzido culturalmente pela variedade, seja numa estética literária, cinematográfica, musical, de leituras regionais ou contemporâneas, o Nordeste  sempre esteve no epicentro de temáticas artísticas, seja de uma forma estereotipada, que evidencia a banalidade do clichê ou por concepções  mais coerentes .

Pensar o Nordeste é traçar uma diversidade que não se localiza somente nesse campo semântico ao qual costumamos associá-lo. A região se legitima e se reconstrói, diluindo clichês, construindo outros, refazendo novas modalidades de fluxos migratórios e de releituras, e a arte é um desses mecanismos que possibilita recontextualizar diversas questões, através de impressões, estéticas, novos pensamentos, apropriações e misturas. É nesse “caldo cultural” que diversas potencialidades artísticas acontecem sejam através de uma tradição artesanal, ou em contextos contemporâneos, que nos conduz a um território híbrido.

Dentro dessa dinâmica marcada por uma rica cultura regional, de laborioso esplendor, as proposições da arte contemporânea encontram um solo fértil para suas questões e se legitimam com grande potencial e força nas diversas linguagens, porém, como outras potencialidades culturais nordestinas, sofrem pela fragmentada política cultural ainda bastante edificada por resíduos de um coronelismo presente em nossas práticas.

É na construção de uma dinâmica marcada por instituições culturais fortes, políticas públicas, instituições privadas, universidades, galerias de arte, intensa produção artística tanto num plano individual como coletivo, pesquisa e apoio a produção que um Circuito de Arte se alimenta e faz movimentar todo um mercado ao construir uma aproximação entre público e linguagem.

Pensar num Circuito de Arte no Nordeste é se deparar com múltiplas dificuldades e estruturas fragmentadas nessa sintaxe que a rege, já que não existe uma política definida, com estruturação mercadológica, educacional ou institucional eficaz. Quando pensamos num circuito um pouco mais estruturado na Região  nos limitamos a três capitais: Recife, Salvador e Fortaleza que através de uma postura mais sólida promove circulação, comercialização e informação da arte contemporânea com certa continuidade, através dos museus, centros culturais, galerias, ateliês de artistas, universidades.  Verificar o posicionamento e as políticas desenvolvidas para arte contemporânea nos outros estados que não estão inseridos em um circuito mais estabelecido fará parte de uma das mesas de discussão. Os encontros pretendem debater e investigar políticas de inserção e o circuito de arte que se articula a partir da Região Nordeste nos últimos anos, através de galerias, centros culturais e de um forte posicionamento de artistas nordestinos no cenário nacional discute também novas possibilidades para frágeis arquiteturas nas políticas das artes visuais da Região. Para compor as mesas um variado panorama de artistas, críticos, curadores e galeristas do cenário nordestino.

 

 

Seminário: A arquitetura de um circuito em construção - Nordeste

Coordenação: Bitu Cassundé




1º dia

 

 

Um Breve Panorama Nordestino (19 de agosto)

Horário: 15 às 19hs

 

 

 

Bitu Cassundé (CE) – Curador independente, mestrando em Teoria e Crítica da Imagem pela EBA UFMG, atualmente é curador assistente do Projeto Rumos 2008/09, responsável pelo mapeamento dos estados CE, PB, RN, JP, MA.

 

Clarissa Diniz (PE) – Crítica de arte, editora da revista de crítica Tatuí, atualmente é curadora assistente do Projeto Rumos 2008/09, responsável pelo mapeamento dos estados PE, BA, AL, SE.

 

Cristiana Tejo (PE) –  É Diretora do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) e foi Curadora do Rumos Artes Visuais 2005/06, responsável pelo mapeamento das regiões Centro-Oeste e Sul. É mestre em Comunicação e Coordenadora do Bacharelado em Artes Plásticas das Faculdades Integradas Barros Melo. É crítica e curadora independente.

 

 

2° dia

 

O Artista Como Desbravador do seu Próprio Circuito (20 de agosto)

Horário: 15 às 19hs

 

Caetano Dias (BA) – Artista, graduado em Letras pela Universidade Católica de Salvador, ministrou cursos de pintura nas oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia. Participou da 3º Bienal do MERCOSUL.

 

 

Rodrigo Braga (PE) – Artista, graduado em Artes Plásticas pela UFPE. Entre 2005 e 2007 foi Gerente de Artes Visuais da Prefeitura do Recife, onde coordenou o SPA das Artes. Participou do coletivo Branco do Olho, em Recife, onde hoje divide atelier com outros artistas.

 

Vitor César (CE) – Artista, mestrando em Poéticas Visuais ECA/USP, formado em Arquitetura e Urbanismo pela UFC. É integrante da Transição Listrada, desenvolve o Projeto BASEmóvel e co-organizou o evento Arte e Esfera Pública

3º dia 

Horário: 15 às 19hs

 

 

A Galeria de Arte e o Cenário Nordestino (22 de agosto)

 

Afonso Luz – Ministério da Cultura

 

Mariana Furlani (CE) – Mariana Furlani Arte Contemporânea

 

Paulo Darzé (BA) – Paulo Darzé Galeria de Arte

 

 

 

Serviço:

Seminário: A arquitetura de um circuito em construção - Nordeste

Dias: 19, 20 e 22 de agosto. Das 15h às 19h

Centro Cultural Banco do Nordeste – Fortaleza

Rua Floriano Peixoto, 941, Centro, Fortaleza, CE

tel (85) 3464.3108

Contato: Bitu Cassundé - bitucassunde@hotmail.com - (85) 8825.2210


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